quarta-feira, 29 de junho de 2016

Postos de oficiais do Exército brasileiro

Muitas pessoas ainda tem dúvidas sobre os postos e graduações existentes nas forças armadas brasileiras.Os postos se referem aos oficiais e as graduações se referem aos subtenentes, sargentos, cabos e soldados. Existem ainda a graduação das chamadas  praças especiais  que são ocupadas pelos futuros oficiais enquanto ainda são estudantes nas escolas de formação de oficiais como Escola Preparatória de Cadetes e Academia Militar das Agulhas Negras.
Vamos abordar aqui os postos dos oficiais do Exército Brasileiro (E.B) e as graduações das praças especiais oriundas das escolas de formação de oficiais combatentes (EsPCEx e AMAN)
Para ser um oficial combatente do Exército Brasileiro e alcançar o posto de General de Exército o candidato terá que passar pelos seguintes postos e graduações ao longo da carreira militar :

  Oficiais Generais : 
         Marechal ( usado somente em caso de guerra )
         General de Exército 
         General de Divisão
         General de Brigada

    Oficiais Superiores :
         Coronel
         Tenente Coronel
         Major

     Oficial Intermediário :
        Capitão

     Oficiais Subalternos :
         Primeiro Tenente
         Segundo Tenente
     
     Praça Especial :
         Aspirante ( Quando conclui a formação na Academia Militar das Agulhas Negras )
        Cadete do Quarto ano da Academia Militar das Agulhas Negras
        Cadete do Terceiro ano da Academia Militar das Agulhas Negras
        Cadete do Segundo ano da Academia Militar das Agulhas Negras
        Cadete do Primeiro ano da Academia Militar das Agulhas Negras
        Aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército 


 Veja abaixo os postos e graduações das praças especiais :





A Educação Militar no Brasil remonta à época do Brasil Colônia. Segundo Pirassununga (1958)¹, o primeiro vestígio do ensino militar é encontrado em 1698, no Rio de Janeiro, nas lições mandadas dar aos contestáveis e Artilheiros, sobre o uso e o manejo da Artilharia.

Este ensino foi ordenado pelo Rei em Carta Régia de 22 de outubro de 1699. Com esse relato, observa-se que a Educação Militar do Brasil é quase tão antiga quanto o próprio país, e que, juntamente com a evolução da sociedade, a Educação Militar passou por muitas transformações até os dias atuais.

Para tratar da Educação Militar e tropa blindada, tem-se que retomar à chegada dos primeiros blindados ao Brasil, em 1919, com o Renault FT 17, a criação da Companhia de Carros de Assalto, em 1921 e, em seguida, a chegada dos Fiat Ansaldo CV-3 35, a partir do idealismo do Cap Paiva Chaves.

Com os novos e modernos meios mecanizados, os pioneiros da implantação dos blindados como arma de combate no Brasil sentiram a necessidade de se criar uma escola para o ensino desses materiais de emprego militar. Em 25 de março de 1938, foi criada no Rio de Janeiro a Sub-Unidade Escola Motomecanizada.

A partir desse núcleo, teve origem, em 1939, o Centro de Instrução de Motorização e Mecanização, com a primeira turma de operadores dos blindados Fiat Ansaldo CV-3 35, formada naquele ano.

Ao longo da história do Exército Brasileiro, desde a chegada dos primeiros blindados ao Brasil, o ensino técnico da viatura ficou sob encargo do Centro de Instrução de Motorização e Mecanização, transformado posteriormente em Escola de Motomecanização.

Em meados do século passado, o ensino técnico e de operação das viaturas blindadas se desvinculou do ensino tático, sendo este último tribuído às escolas de formação de oficiais e sargentos e o ensino técnico, denominado posteriormente de ensino de manutenção, passou à extinta Escola de Material Bélico.

No ano de 1996, por meio da Portaria Ministerial número 656, foi criado, na cidade do Rio de Janeiro, o Centro de Instrução de Blindados (CIBld), uma das unidades de referência do Exército Brasileiro como vetor de modernidade e profissionalização na área de blindados.

Com a aquisição de novos blindados para o Exército Brasileiro, o CI Bld ficou responsável pelo ensino técnico de operação desses meios e assumiu a responsabilidade do ensino tático do emprego de blindados até o nível subunidade.

No ano de 2004, outra importante mudança para a formação do combatente blindado. O CI Bld mudou sua sede para a cidade de Santa Maria – RS, estado que concentra a maior parte dos meios blindados do Exército Brasileiro, num claro alinhamento e aproximação com as unidades blindadas e mecanizadas.

O CI Bld, desde a sua criação, esteve aliado à tecnologia embarcada nas diversas viaturas blindadas e, mais recentemente, com os modernos sistemas de simulação utilizados no apoio ao ensino, elevando o grau de conhecimento do aluno que frequenta os cursos do Centro.

Hoje, o Centro General Walter pires ministra cerca de 20 cursos e estágios previstos em seu calendário anual e diversas outras atividades extemporâneas voltadas para a Educação Militar, como seminários e capacitações emergenciais.

Para superar os desafios que são apresentados, o corpo de instrutores está em constante aperfeiçoamento, participando de cursos, de estágios e de intercâmbios de conhecimento no Brasil e no exterior.

Uma nova fase no ensino para a tropa blindada se apresenta no momento; a implantação do Ensino por Competências, que visa à formação do aluno para dotá-lo de capacidades de resolver os desafios dos cenários complexos que virão nas próximas décadas.

As recentes mudanças ocorridas no Exército Brasileiro, por força do seu Processo de Transformação, também impactam decisivamente nas tarefas afetas à Educação Militar e, em particular, na Educação voltada para os meios blindados².

O CI Bld, elemento focal em tudo o que diz respeito aos assuntos que envolvem viaturas blindadas de lagartas e de rodas tem como meta acompanhar estas mudanças e estar em condições de especializar recursos humanos nesta área, inserindo-se transversalmente em projetos como a Família Leopard 1BR, a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Média de Rodas 6X6 Guarani, a Viatura Blindada de Combate Obus Autopropulsado M109 A5 + e a Viatura Blindada Multitarefa 4X4.

Outra consequência do Processo de Transformação, no aspecto da Nova Doutrina Militar Terrestre, é a crescente busca por transmitir o que há de mais moderno no emprego das frações blindadas e mecanizadas, por intermédio dos Estágios Táticos de Subunidades e de Exploradores.

O desafio parece complexo, pois o CI Bld é o único Centro de Instrução que atende organizações militares em todos os oito Comandos Militares de Área do Exército Brasileiro. Para mitigar este óbice, o Estabelecimento de Ensino (Estb Ens) lança mão do Ensino à Distância e da tecnologia dos Computer Based Training (CBT), alinhados com o que há de mais moderno no processo ensinoaprendizagem que atenda à geração de nativos digitais.Mas nada ocorre sem o concurso das Organizações Militares blindadas e mecanizadas, que recebem os antigos discentes.

Estes oficiais e sargentos são instruídos e capacitados a atuarem como multiplicadores do conhecimento e, nas Seções de Instrução de Blindados das suas OM, serão elementos importantes por repercutir o ensino que emana do centro General Walter Pires.

Os Comandantes devem estar atentos a esta metodologia, que prevê não somente a transmissão do conhecimento, mas a multiplicação das habilidades, das crenças e dos valores da Tropa Blindada. O resultado positivo de toda esta arquitetura de capacitação de recursos humanos (Estb Ens e OM) já é reconhecido internacionalmente.

Prova disto é que, neste ano de 2015, o Exército Alemão destacou um Tenente-Coronel, da sua Escola de Blindados, para passar dois meses e meio em intercâmbio no Centro General Walter Pires e, com o mesmo objetivo, no início de agosto, o Centro recebeu um Tenente e um Sargento do Exército Argentino, que permanecerão até dezembro.

A Educação Militar sempre foi uma das atividades mais importantes para o EB, pois permite a continuidade e o aperfeiçoamento do conhecimento, formando militares cada vez mais aptos a cumprirem a sua missão constitucional. E este é o eterno objetivo.

Contudo, um mundo com mudanças tão aceleradas impõe novos desafios, que também serão apresentados aos alunos e farão com que os mesmos tenham que mobilizar recursos cognitivos e valores para apoiar o processo decisório em vários níveis, intercambiando conhecimentos de diversas áreas, aprendendo a trabalhar em um ambiente multidisciplinar.

A Educação Militar de Blindados é algo em constante mudança, quer seja pela adição de novos meios à frota, quer seja por novas formas de combater. Ao Centro de Instrução de Blindados cabe a missão de, mantendo-se sempre atualizado, especializar os valiosos recursos humanos que ostentam a Boina Preta, pois este estabelecimento de ensino nunca poderá estar em dissonância com o emprego das unidades do corpo de tropa, pelo contrário, deverá cada vez mais capacitar oficiais e sargentos para superar os desafios do porvir.
AÇO, BOINA PRETA, BRASIL!




O planejamento no âmbito estratégico-operacional baseiam-se na aplicação de tais meios, uma vez que o maior peso do poder de combate está atrelado à sua constituição. Muitos exércitos do mundo possuem forças blindadas estruturadas em torno de uma Viatura Blindada de Combate (VBC) principal, dotada de tecnologia embarcada de última geração. Os países situados no entorno estratégico do Brasil seguem essa tendência.

No cenário sul-americano pode-se destacar, entre outras VBC:
-  Leopard 2A4, Chile;
-  T55, Peru (em vias de ser modernizado) e adquirido um modelo mais moderno;
-  T-72, Venezuela, e,
- Tanque Argentino Mediano (TAM), Argentina.

As Brigadas Blindadas e Mecanizadas do Exercito Brasileiro estão equipadas com o Leopard 1A5, recentemente adquirido e modernizado na Alemanha, com as versáteis e ainda úteis viaturas EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu e com a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) Guarani, dotado de tecnologia de última geração, desenvolvido e produzido no Brasil em parceria com a IVECO-FIAT.

As características dos meios blindados, como o poder de fogo, a flexibilidade de emprego, as comunicações amplas e flexíveis, a mobilidade, a proteção e a ação de choque foram responsáveis por desequilibrar o combate em várias áreas de conflito e levar  à vitoria os países possuidores de forças blindadas definidas, treinadas e adestradas.

Denominam-se forças blindadas aquelas cujas plataformas utilizam viaturas sabre lagartas, enquanto as forças cujos meios operam com viaturas blindadas sabre rodas são denominadas forças mecanizadas. No Brasil, em face das grandes extensões territoriais e de outras complexidades, as forças blindadas operam em estreita cooperação com as forças mecanizadas.

A eficácia no emprego dessas forças se dá pela integração e sincronização de suas ações, uma vez que elas são aptas ao reconhecimento, a segurança e ao combate, no qual a decisão dos conflitos é alcançada.

As forças mecanizadas no Exercito Brasileiro são constituídas pelas Brigadas de Cavalaria e Infantaria Mecanizadas. As Brigadas de Cavalaria Mecanizada são dotadas de meios altamente moveis, com elevada mobilidade tática e capacidade de deslocamento. Esses meios possuem relativa proteção blindada e uma adequada potência de fogo, o que lhes permite executar um rol variado de missões que vão desde as missões de reconhecimento ate as tarefas de combate mais intensas, inclusive executadas no ambiente urbano, como demonstra a tendência atual dos combates.

A Brigada de Infantaria Mecanizada (transformadas da Brigada de Infantaria Motorizada), esta sendo concebida para atuar com a tropa de infantaria embarcada em viaturas blindadas, capaz de realizar um amplo espectro de missões. Equipada com as VBTP Guarani, essa Brigada possui eficiente mobilidade tática, proteção blindada e adequada potência de fogo, o que lhe proporciona ótimas condições para operar em diferentes situações e em quaisquer condições meteorológicas.

O notável desenvolvimento das armas anticarro (AC) não arrefeceu a necessidade de emprego das viaturas blindadas. Embora em diversos debates tenha-se falado muito que o emprego de blindados havia chegado ao fim, que as VBC atingiram a obsolescência a partir do incremento da produção em massa de armas AC inteligentes e teleguiadas, os chamados mísseis anticarro (AC), precisos e de grande alcance, as VBC e as VBTP continuaram sendo utilizadas em praticamente todos os grandes exércitos do mundo.

A assertiva sobre a obsolescência dos blindados caiu por terra, pela necessidade de emprego desses meios, particularmente pela redução das distancias de engajamento com o combate habitando as cidades, cenários dos conflitos modernos. Mesmo sendo um alvo mais fácil, o blindado evidencia sua importância pelas características que lhe são peculiares e pela proteção que oferece às tropas, exemplo de ação em  Mogadiscio(*) condena o uso de forças leves sem o suporte e o apoio de meios mais pesados.

Esse paradoxo faz parte da historia recente, convivendo, orientado e induzindo novas formas de emprego. Inicialmente, as VBC foram concebidas para engajar o inimigo a grandes distâncias, cobrir e vencer, pela impulsão e pela mobilidade, largas faixas do terreno. Hoje, consoante com os novos cenários, as VBC, mesmo interiorizadas em áreas urbanizadas, são cada vez mais essenciais, fornecendo as tropas o que sempre forneceram: proteção blindada, potência de fogo, mobilidade segura e capacidade de choque.

Assim, a utilização dos blindados foi sofrendo modificações ao longo do tempo. Devido a imposições, em especial tecnológicas, o carro de combate o blindado, foi reinventando seu emprego, ajustando sua forma de atuação, fazendo com que às técnicas e táticas que determinam sua ação em combate fossem gradativamente aperfeiçoadas, de modo a favorecer seus pontos fortes e a neutralizar suas fragilidades, expostas mais ainda pelo avanço da tecnologia anticarro.

O Comando Militar do Sul possui duas brigadas blindadas e quatro brigadas mecanizadas organizadas, equipadas, instruídas e estruturadas para serem o fator decisivo no contexto estratégico-operacional.

Adotando equipamentos dotados de tecnologia agregada, essas Grandes Unidades realizam treinamentos e adestramentos com dinâmica e características próprias, aplicando variadas técnicas de treinamento e de simulação virtual. Tais tarefas serão maximizadas com a implementação do Centro de Avaliação e Adestramento (CAA), em Santa Maria— RS. As Brigadas Blindadas e Mecanizadas se constituem, assim, no Braço Forte do Exército Brasileiro, incorporando a maior parte do poder de combate da Força Terrestre. (*) Batalha ocorrida em 3 e 4 de outubro de 1993, na capital da Somália, retratada em livro e filme: Falcão Negro em Perigo.

A Israel Aerospace industries (IAI) apresenta o RoBattle, um sistema robótico de combate e apoio não tripulado e altamente manobrável para operações pesadas, na Eurosatory 2016 que se realiza de 13 a 17 de junho em Paris, França. O sistema foi projetado para integrar-se com forças táticas em operações móveis e desmontadas, podendo operar em uma grande variedade de missões que incluem inteligência, vigilância e reconhecimento armado, além de proteção a comboios, divergência, emboscada e ataque.

Baseado na tecnologia inovadora da IAI, o RoBattle é o mais novo produto da linha de sistemas robóticos terrestres não tripulados da empresa. Vem equipado com um “kit robótico” modular que compreende controle de veículo, navegação, autonomia e mapeamento RT, cargas de missão e sensores. O sistema pode ser operado de forma autônoma em vários níveis e configurado com rodas ou trilhos conforme os requisitos da missão. Seus operadores podem equipar o RoBattle com diferentes cargas, como braços de manipulação, além de sensores e radares ISR para Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, e armamento controlado remotamente.

"O sistema RoBattle baseia-se na vasta experiência da IAI e em seu legado no desenvolvimento e fabricação de sistemas não tripulados, incluindo veículos terrestres não tripulados. Com a metodologia modular do ‘kit robótico’, concebido para atender às necessidades especificas do cliente, o RoBattle é um dos sistemas robóticos mais avançados do mercado na categoria de combate e manobras terrestres”, afirma Meir Shabtai, diretor geral adjunto de sistemas robóticos terrestres da IAI.

“O RoBattle vai ser um produto relevante no mercado de robótica terrestre. Possui tecnologia e recursos avançados que podem eliminar lacunas operacionais nos desafios das batalhas do futuro. Queremos aproveitar todas as oportunidades que o mercado oferece”, completa.

A linha de robótica terrestre da IAI, em expansão, inclui:

PANDA – Plataforma robótica de engenharia para superar obstáculos e conduzir várias missões de engenharia.

SAHAR – Plataforma contra-robótica multisensor de detecção e desobstrução de rota para IEDs localizados no solo, ocultos ou enterrados. RoboCon – Plataforma robótica de apoio e logística para comboios, com direção autônoma e recurso de orientação "follow me".

GUARDIUM UGV – UGV econômico projetado para a segurança e proteção de bens estratégicos e patrulha de fronteira.